O PAPEL DA SOCIEDADE CIVIL E DOS MOVIMENTOS SOCIAIS NA LUTA PELA REDEMOCRATIZAÇÃO BRASILEIRA "DIRETAS JÁ" E A QUESTÃO AGRÁRIA NA NOVA REPÚBLICA
22/09/2015 14:13
O Papel da Sociedade Civil e dos Movimentos Sociais na Luta Pela Redemocratização Brasileira
1- O Fim da Ditadura Militar:
Durante o governo Figueiredo, o Brasil enfrentou uma das mais graves crises economicas de sua história. O descontentamento da sociedade expressou -se através de uma grande campanha para eleições diretas para presidente da Republica.
O objetivo era acabar com o Colégio Eleitoral onde o presidente era eleito por deputados e senadores.Politicos ligados a ditadura militar conseguiram impedir a realizaçaõ das eleições.Em 15 de janeiro de 1985, o colégio eleitoral escolheu Tancredo Neves como o sucessor de Figueiredo ,que não chegou a tomar posse,pois horas antes da solenidade,foi internado no hospital de base de Brasília ,falecendo em 21 de Abril de 1985.Assumiu o poder o vice José Sarney.
2-O Governo José Sarney:
No governo José Sarney as condições sociais do povo eram muito ruins ,mas o governo dizia que prioriade era a economia,acabar com a inflação.
O PLANO CRUZADO:
Em 28 de fevereiro de 1986,o governo baixou o Plano Cruzado,contendo medidas de grande impacto contra a inflação:congelamento dos preços e troca de moeda.As alegrias duraram pouco.Veio depois o plano CruzadoII,que reajustava vários preços.
A CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988:
A assembléia Nacional constituinte foi instalada em fevereiro de 1987 e compunha -se de membros da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.
PRINCIPAIS PONTOS DA NOVA CONSTITUIÇÃO:
Consolidaçaõ do estado democrático de direito como regime politico, determinaçaõ de crimes inafiançaveis e imprescritiveis(Racismos,ações terroristas) voto obrigatório para menores de 70 anos(analfabetos e pessoas entre 16 e 18 anos),jornada de trabalho de 44 horas semanais,direito de greve, licença-paternidade etc.
3-DIRETAS JÁ:
A sociedade canalisou seu enorme descontentamento para com o governo militar organizando uma gigantesca campanha em favor das eleições diretas para presidente da república.
A camapnha pelas Diretas foi um dos maiores movimentos politicos-populares da nossa História. Nas ruas,nas praças, multidões entusiasmadas ,reunidas em grandes comicios,gritavam o lema Diretas já e cantavam o Hino Nacional.
As "Diretas-Já!" (resumo e contexto)
O acontecimento final do governo do general Figueiredo foi a campanha pelas Diretas Já, em 1984. Uma coisa maravilhosa, na qual praticamente o país inteiro tomou parte, lutando pelo direito de votar para presidente. Nos últimos comícios, no Rio de Janeiro e em São Paulo, reuniram-se milhões de pessoas. Foram as maiores manifestações de massa da história do Brasil.
No dia em que a Emenda Dante de Oliveira, restabelecendo as diretas, foi votada pela Câmara dos Deputados, Brasília ficou em estado de emergência. O general Newton Cruz, a cavalo como um Napoleão desvairado, queria prender todo mundo vestido de amarelo (símbolo da campanha) e chicoteava os carros que buzinavam a favor da emenda. O pior aconteceu: apesar de os "sim" ganharem de 298 a 65, inclusive com alguns votos do PDS, faltaram 22 votos para a vitória. Vários canalhas tinham votado contra ou simplesmente não compareceram. Na verdade, uma batalha tinha sido perdida, mas não a guerra. Ainda dava para botar o povo de novo na rua para protestar e exigir uma nova votação. Mas a cúpula do PMDB já estava armando um acordo com políticos descontentes do PDS. Praticamente só o PT, ainda pequeno, protestou contra a armação. Pelas regras antigas que foram mantidas, o presidente seria eleito indiretamente pelo Colégio Eleitoral. O Colégio Eleitoral, formado pelo Congresso e por deputados estaduais (seis por cada Assembléia Estadual, do partido majoritário no respectivo estado), era uma armação que sempre dava vitória ao governo. Acontece que o candidato oficial do PDS, sr. Paulo Maluf, estava muito queimado. Sua ligação com a podridão do regime atraía o ódio popular. Se ele fosse presidente seria uma decepção muito grande para o Brasil.
Muitos políticos do PDS perceberam que não dava para Maluf. Liderados pelo senador José Sarney, eles formaram a Frente Liberal que, no Colégio Eleitoral, elegeu Tancredo Neves presidente do Brasil (o vice era Sarney). Pouco depois, esse pessoal, que saiu do PDS mas que mantinha as velhas idéias conservadoras, fundou o PFL (Partido da Frente Liberal).
Tancredo Neves fez carreira no PSD junto das oligarquias mineiras. Foi ministro da Justiça de Getúlio e esteve no MDB. Moderadíssimo, nunca tivera atritos graves com o regime militar. Pois é, um político hábil, mas que nunca se ligou a nenhuma luta popular, virou salvador da pátria. Talvez, porque tenha falecido antes de tomar posse. Assim, por ironia da história, o presidente que poria fim ao regime militar seria o ex-líder do regime no Senado: José Sarney, vice de Tancredo. A tragédia da história se repetia como farsa.
Referências:
https://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/ditadura-militar/luta-pela-redemocratizacao.php
4-COLLOR E ROBERTO MARINHO:
Primeiramente vamos aos fatos:Collor e Lula disputavam as eleições presidencias quando num ato de pirataria e estelionato de mídia,manipulando a opinião pública ,a Globo vergonhosamente editou o "Debate",Tirando as partes boas do Lula e privilegiando Collor, na clara intenção em influir na opinião publica e eleger o parceiro e companheiro da Globo em negócios televisivos.De fato Collor foi eleito com as bençãos e minfluencias da Globo e Roberto marinho(inclusive o irmão de Collor,Leopoldo,era diretor geral da Globo em São Paulo) Entretanto,Collor tinha outras idéias,muito particulares,de como administrar o país e de como deveria ser o "Império das COmunicações".
5-O GOVERNO COLLOR:
Em 15 de novembro de 1989, o povo brasileiro elegeu para presidente da Republica,através de pelito ditreto,Fernando Collor de Melo.Visando avcabar com a inflação o governo eleito adota um plano economico Bombastico que bloqueou contas correntes e aplicações financeiras nos bancos; confiscou cerca de 80% do dinheiro que circulava no país;extinguiu a moeda vigente,o cruzado, restabelecendo o antigo cruzeiro.
O PLANO COLLOR:
O impacto do plano cruzado sobre va sociedade foi violento.No plano econômico,a hiperinflação foi contida,mas o país entrou em processo de recessão.Mas não demorou muito para que as decepções se avolumassem.Após um controle inicial ,a inflaçaõ voltou a crescer.O governo foi perdende a credibilidade.
6-O IMPEACHMENT-CARAS-PINTADAS:
Em quanto prosseguiam as investigações ,as principais ruas e praçs do páis foram tomadas por multidões que exigiam o IMPEACHMENT(impedimento) de Collor, Nesse movimento popular,destacou a presença dos estudantes (posteriormente chamadas de Cara-pintadas por terem seus rostos pintados de verde e amarelo) chamando por ética e dignidade na vida pública. Após dois anos de governo ,Fernando Collor sofreu processo de impeachment, que culminou com sua renuncia ao cargo em 29 de dezembro de 1992.
Collor foi deposto pelas mesmas razões que o levaram ao poder: o Combate a corrupção.
Referências bibliograficas:
COTRIM,Gliberto. HISTÓRIA e CONSCIÊNCIA DO BRASIL,v2,5°ediçaõ;ed.Saraiva.
MACHADO,C.Romeiro,"0Collore RobertoMarinho"-Disponivel em www.fazendomidia.comp/assinatura.htm-
A Questão Agrária na Nova República (Resumo para melhor entendimento)
A Nova República assumiu a responsabilidade de decretar a Reforma Agrária no país.
A questão agrária vem de muito longe, mas nunca deu passos tão importantes, quanto na atualidade, pois, 1964 viu nascer o "Estatuto da Terra", entretanto nunca foi possível pô-lo em prática.
Vale salientar que este importante documento não foi dádiva do governo militar, foi uma luta dos trabalhadores que queriam modificar a estrutura fundiária do país e melhorar a distribuição da renda nacional, tendo em vista a entrada de capital, no meio rural, e os constantes conflitos existentes nos mais longínquos rincões do Brasil. A reforma agrária é necessária, mas não da maneira como o governo federal quer implantar.
Ao referir-se ao problema da reforma agrária aqui no Brasil, salienta-se de imediato, o poderio econômico. Inegavelmente, o Estado brasileiro é capitalista, monopolista e concentrador.
Os representantes na Câmara Federal e no Senado, são porta-vozes do grande capital e dos latifúndios, nunca batalhadores pela causa comum de todos os cidadãos. Com isto, insinua-se que uma reforma agrária, que atenda aos interesses dos agricultores é uma balela e jamais sairá.
É claro que o poderio econômico jamais permitirá que a terra e a renda agrícola sejam equitativamente bem distribuídas, pois os benefícios que a classe dominante acumula, não serão tomados do dia para a noite.
Com este levante em favor da reforma agrária, começam a surgir os que estão a favor e os que estão contra. De um lado estão os trabalhadores rurais, que juntamente com grupos sociais outros que estão participando do processo de produção, exercem pressão no sentido de agilizarem a tão propalada reforma. Por outro lado, os latifundiários procuram emperrar este trabalho, para que a reforma agrária não seja implantada e o plano do governo seja frustrado.
Não se sabe até que ponto tem fundamento o plano nacional de reforma agrária, tendo em vista que o próprio Presidente da República é um latifundiário e o fato de distribuir terras a alguns trabalhadores não significa reforma agrária.
Sabe-se que esta luta nunca se acaba do lado dos trabalhadores do campo. A luta dos trabalhadores é milenar e a terra nunca foi para quem nela trabalha, mas sim, para assegurar o poderio da burguesia capitalista, em busca de altos rendimentos. Diversas tentativas de estruturar a divisão da terra no país foram feitas e nenhuma vez surtiu efeito. A primeira vez, foi na época da independência, pois José Bonifácio - Patriarca da Independência - fez, já naquela época, uma proposta de utilização das terras improdutivas das sesmarias. Nota-se que nenhuma vez, a participação dos trabalhadores do campo estava presente, somente a burguesia das terras, ou não, estava nesta partilha.
A questão agrária na nova republica - contexto geral.
Revisão da estrutura agrária de um País com objetivo de realizar uma distribuição mais igualitária da terra e da renda agrícola. No Brasil, a questão da terra é hoje um grave problema social por causa da grande desigualdade na distribuição da propriedade. Envolvendo promessas do Governo, acusações entre os fazendeiros e trabalhadores sem-terra e muita violência, o problema tem suas origens na época colonial.